quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Esquecemos que fomos adolescentes como nossos filhos!

Como mãe, me deparei com os  quinze anos de minha filha.

Meu Deus! Como é difícil essa idade! Se eu tive quinze anos, peço desculpa a minha mãe! Claro que tive quinze anos! E com certeza foi turrona como minha filha, porque minha mãe me disse isso sorrindo e sarcástica.
- Aqui se faz aqui se paga!

Agora entendo a paciência de minha mãe, me negando certas vontades certas vaidades. A gente mãe, quando quer enxergar a distancia que há entre nós e nossos filhos e a experiencia que também trazemos, tentamos de todos as forças que encontramos protege-los de nosso jeito, fazendo eles ficarem perto da gente.

Mas alguns filhos parecem ter nascidos já com trezentos anos de experiências a mais que a gente e hoje em dia contestam nossos “nãos” com argumentos que nos paralisam.
- Porque não, mãe!
- Porque é longe e perigoso!
- Mas tem o celular, o Waze, e vou com as amigas.
- Já disse que não!
- Mas não explicou por que!
- Você tem quinze anos é longe e perigoso onde querem ir.
- Mãe, com quinze anos você me disse que foi no show de tal de RPM.
- Para, eu já disse que não.
- Você está sendo egoísta. E sempre fala pra eu não ser egoísta.
- Nesse caso não tem necessidade de ir, não é egoismo é cuidado.
- Mas eu sei me cuidar! Eu não vou à casa da avo que é  perto do lugar do show,  sozinha quando você não quer me levar?
- É diferente!
- É o mesmo bairro, dois quarterões.
- Sim, mas...
- Mas tem celular, tem a casa da avó perto, eu já fui lá. O tio comprou os ingressos, e só falta falar com o papai para ele ir buscar a gente.
- As três horas da madrugada. Nunca que seu pai vai.
- Egoismo dele! Egoismo seu! E tudo o que vocês me ensinam vocês não praticam.

Eu respirei fundo, porque fui emparedada, jantada literalmente com tantos argumentos que me irritou. Eu me senti impotente. Não adiantava argumentar que quando fui ao show do RPM as quinze anos o mundo era outro, que a violência era menor.
- Mãe, eu já nasci num mundo violento. A gente vai num turma, de mais de quinze pessoas. Todos com o celular um do outro para qualquer coisa pedir ajudar. E além do mais,  Eu já fui com vocês para o Paraguai se lembra do lance do assalto na fronteira? 

Por fim, na calma que ela estava de quem ia ganhar o jogo mesmo. Eu a deixei ir, e fiz o mesmo que minha mãe. Rezei a noite toda para ela voltar segura. Meu Marido nem ratio quando foi buscar, e  dei graças a Deus quando os dois chegaram conversando sobre o show. Já era mais de quatro horas da manha de um domingo.


Apreendi que preciso cuidar mais do que falar, para não virar vítima das próprias palavras. Apreender mais argumentar... Deixa pra lá... Ser mãe é isso mesmo, ir apreendendo ...



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