quarta-feira, 24 de junho de 2020

Acabou, doeu, mas há uma nova possibilidade.


Era a última noite de verão, e ela apareceu um tanto séria para mim vinda  pela portaria do edificio. Estranhamente  ela não me pediu para entrar. Eu sempre subia, e ficava sentado no sofá até ela se aprontar. Naquela noite ela pediu ao porteiro me avisar para esperar ali mesmo. Uma imensa lua dominava o céu, naquele dia 19 de Março.  .
- Então que tal descermos a serra e tomar alguma coisa em Santos. Tá quente a lua tá grande!  É rapidinho. – eu insisti. Com certo desespero, porque aquela atitude dela ia me dizendo que ela tinha outros planos.
Ela sorriu levemente.
- Vamos conversar.
- Conversar?
-  É que...
-  Tudo bem, a gente pode ir para algum lugar aqui mesmo...
- Não dá!
- Não dá?
- Eu preciso te dizer que não dá mais.
Eu fiquei mudo, mal acreditando.
- Eu sei que a gente tá numa boa, mas eu não consigo mais  estar ao seu lado. E antes que você pergunte não tem ninguém.
- Você está me dispensando!
- Eu! Na verdade de um tempo pra cá, não consigo mais te beijar, ficar ao seu lado. O seu assunto me enche o saco. Desculpa-me estar sendo rude, mas  eu precisava dizer.
- E você me diz que não tem ninguém. – eu não queria acreditar.
- Não tenho. Pode acreditar. Eu só não gosto mais de você! Eu preciso de um tempo, de uma coisa nova na vida. Não tenho nada a ver com você.
- E só agora depois de quatro anos que você me diz isso!
- Eu me enganei, e não quero enganar você. Você entende!
- Entendo!
Foi amargo, como se uma cachoeira de coisas amarga entrasse por minha garganta. Não é fácil sentir  o não gostar de outra pessoa. E por mais que eu gostasse dela ainda o seu olhar não escondia a verdade de que o seu sentimento por mim tinha se ido, acabado. E aquela verdade era demais pesada e mesmo que eu não pudesse carregar, era minha agora. Ela se despediu, entrou, não disse que  teve momentos bons ao meu. Disse apenas  que havia se enganado. Apenas! E mesmo que não suportasse aquela situação aquele pé na bunda eu tive que entender e entendendo eu pude chorar tudo que tive que chorar amargurar a dor e de novo começar outro relacionamento. Eu poderia não entender e cobrar para mim todo o amor que eu lhe dava. Mas a vida sempre está em movimento e as pessoas assim como as placas tectônicas também se movimentam provocando terremotos, tsunami. E quando sobrevivemos a eles temos que entender que se trata de uma força da natureza, da vida, pegar os cacos, tudo que nos resta e refazer a nossa vida. E afinal se hoje somos vítimas de um terremoto amanhã podemos ser o terremoto na vida de alguém.

Olá, se você gostou dessa história e quiser contribuir com qualquer quantia eu agradeço. E se não quiser contribuir, tudo bem, espero que tenha gostado. Obrigado.

Brasil
Minha conta
Banco Bradesco.
Conta Corrente. - 500946 -4
Agencia - 3034-1
Ulisses j. F. Sebrian


Hello, if you liked this story and want to contribute any amount I thank you. And if you don't want to contribute, that's fine, I hope you enjoyed it. Thank you.
Brazil

My account
Bank Bradesco.
Conta Corrente. - 500946 -4
Agencia - 3034-1
Ulisses j. F. Sebrian
NOME: ULISSES JOSE FERREIRA SEBRIAN
IBAN: BR4460746948030340005009464C1
SWIFT: BBDEBRSPSPO
BANCO BRADESCO S.A.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

O Primeiro encontro e o medo do outro.

  Um encontro, um novo emprego, um novo ser que entra em nossa família, sempre nos trás um pouquinho do medo desse ser novo que entra em nos...