Era a última noite de verão, e
ela apareceu um tanto séria para mim vinda pela portaria do edificio. Estranhamente ela não me pediu para entrar. Eu sempre subia, e ficava
sentado no sofá até ela se aprontar. Naquela noite ela pediu ao
porteiro me avisar para esperar ali mesmo. Uma imensa lua dominava o
céu, naquele dia 19 de Março. .
- Então que tal descermos a serra e
tomar alguma coisa em Santos. Tá quente a lua tá grande! É rapidinho. – eu insisti. Com certo
desespero, porque aquela atitude dela ia me dizendo que ela tinha outros
planos.
Ela sorriu levemente.
- Vamos conversar.
- Conversar?
- É que...
- Tudo bem, a gente pode ir
para algum lugar aqui mesmo...
- Não dá!
- Não dá?
- Eu preciso te dizer que não dá
mais.
Eu fiquei mudo, mal acreditando.
- Eu sei que a gente tá numa boa,
mas eu não consigo mais estar ao seu lado. E antes que você pergunte não
tem ninguém.
- Você está me dispensando!
- Eu! Na verdade de um tempo pra cá, não consigo
mais te beijar, ficar ao seu lado. O seu assunto me enche o saco. Desculpa-me
estar sendo rude, mas eu precisava dizer.
- E você me diz que não tem ninguém.
– eu não queria acreditar.
- Não tenho. Pode acreditar. Eu só
não gosto mais de você! Eu preciso de um tempo, de uma coisa nova na vida. Não
tenho nada a ver com você.
- E só agora depois de quatro anos
que você me diz isso!
- Eu me enganei, e não
quero enganar você. Você entende!
- Entendo!
Foi amargo, como se uma cachoeira de
coisas amarga entrasse por minha garganta. Não é fácil sentir o não
gostar de outra pessoa. E por mais que eu gostasse dela ainda o seu olhar não
escondia a verdade de que o seu sentimento por mim tinha se ido, acabado. E
aquela verdade era demais pesada e mesmo que eu não pudesse carregar, era minha
agora. Ela se despediu, entrou, não disse que teve momentos bons ao meu. Disse
apenas que havia se enganado. Apenas! E mesmo que não suportasse aquela
situação aquele pé na bunda eu tive que entender e entendendo eu pude chorar
tudo que tive que chorar amargurar a dor e de novo começar outro
relacionamento. Eu poderia não entender e cobrar para mim todo o amor que eu
lhe dava. Mas a vida sempre está em movimento e as pessoas assim como as placas
tectônicas também se movimentam provocando terremotos, tsunami. E quando
sobrevivemos a eles temos que entender que se trata de uma força da natureza,
da vida, pegar os cacos, tudo que nos resta e refazer a nossa vida. E afinal se
hoje somos vítimas de um terremoto amanhã podemos ser o terremoto na vida de
alguém.
Olá, se você gostou dessa história e quiser contribuir com qualquer quantia eu agradeço. E se não quiser contribuir, tudo bem, espero que tenha gostado. Obrigado.
Brasil
Minha conta
Ulisses j. F. Sebrian
My account
NOME: ULISSES JOSE FERREIRA SEBRIAN
Olá, se você gostou dessa história e quiser contribuir com qualquer quantia eu agradeço. E se não quiser contribuir, tudo bem, espero que tenha gostado. Obrigado.
Brasil
Minha conta
Banco Bradesco.
Conta Corrente. - 500946 -4
Agencia - 3034-1Ulisses j. F. Sebrian
Hello, if you liked this story and want to contribute any amount I thank you. And if you don't want to contribute, that's fine, I hope you enjoyed it. Thank you.
Brazil
My account
Bank Bradesco.
Conta Corrente. - 500946 -4
Agencia - 3034-1
Ulisses j. F. SebrianNOME: ULISSES JOSE FERREIRA SEBRIAN
IBAN: BR4460746948030340005009464C1
SWIFT: BBDEBRSPSPO
BANCO BRADESCO S.A.
Nenhum comentário:
Postar um comentário